“Tarsila: sua obra e seu tempo” – Aracy A. Amaral
“Eu quero ser a pintora do Brasil.”
Foi mais que um desejo, uma aspiração de Tarsila do Amaral de representar através de sua pintura o país múltiplo, colorido que despontava no cenário internacional dinâmico e efervescente da década de 1920. Durante a Semana de Arte Moderna de 1922 Tarsila do Amaral continuava em Paris para onde fora em 1920, estudar pintura na “Académie Julian”. Tarsila do Amaral ficou a par dos acontecimentos de antes, durante e depois da Semana de Arte Moderna através de sua correspondência com Annita Malfatti.
De volta ao Brasil em junho daquele ano, Tarsila formou com Annita, Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia o “Grupo dos Cinco”. Juntos realizavam saraus de música e literatura para os quais eram convidados outros escritores e poetas, e trabalhavam intensamente, escrevendo poesias, livros, artigos e pintando. Em setembro de 1922 Tarsila do Amaral e Annita Malfatti participaram da I Exposição Geral de Belas Artes, da recém-fundada Sociedade Paulista de Belas Artes. Porém no final daquele ano e início de 1923 a efervescência cultural em que viviam chegou ao fim com a partida para Paris de Tarsila, Di Cavalcanti e Villa-Lobos, entre outros modernistas.
No início da década de 30 do século XX a Arte Moderna já estava integrada aos cenários artístico e cultural brasileiros e seus representantes seguiam caminhos diversos do ponto de vista de sua evolução. Consagrada, Tarsila do Amaral já era a “pintora do Brasil’ e sua tela “Abapuru”, pintada como presente de aniversário a Oswald de Andrade, então seu marido, tornou-se o símbolo do Movimento Antropofágico lançado pelo poeta modernista em 1928. A Antropofagia derivava do modernismo da “Semana de 22” e se propunha a deglutir a cultura estrangeira e adaptá-la ao Brasil.
“Tarsila, Sua obra e seu tempo” registra o vaivém de informações e intercâmbio entre Tarsila e os modernistas brasileiros ao longo de várias décadas, além de pontuar a importância e originalidade da obra da ‘Pintora do Brasil”.
Tarsila do Amaral pintou “Abaporu”, tela que se tornaria o símbolo do Movimento Antropofágico.
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