“Ideias para adiar o fim do mundo”, Ailton Krenak
Com uma linguagem leve e bem articulada, esse livro nos ajuda a pensar e ter esperança.
Ailton é um líder indígena, dos Povos Krenak, habitantes da região do Vale do Rio Doce, de Minas Gerais. Sua intervenção na Assembleia Constituinte, em 1987, ficou para a história quando, gradativamente, pintou o rosto com tinta preta do jenipapo e em seu discurso defendeu os direitos dos povos indígenas. Ambientalista, filósofo e professor, ele é atualmente um dos grandes pensadores brasileiros e sua voz ressoa internacionalmente.
“Ideias para adiar o fim do mundo” revela a todos nós o quanto nossa sociedade se afastou de valores e práticas essenciais para nossa felicidade individual e para a realização plena de nossa humanidade na sua diversidade de povos e culturas. Ao depredarmos a natureza e os demais seres que habitam a Terra, o planeta no qual habitamos e do qual depende nossa sobrevivência, nos leva a uma abstração civilizatória tão absurda quanto nos conduz a destruição de nossa vida na terra. A pandemia da Covid 19 causada por um elemento vivo invisível aos nossos olhos, que pulou de um animal silvestre para um ser humano e, desde então, literalmente, paralisou todo os povos de todos os cinco continentes é a maior evidência da fragilidade de nossa civilização.
“Somos mesmo uma humanidade?” Ailton Krenak questiona este conceito que é aceito como verdade absoluta. “Precisamos ser críticos a essa ideia plasmada da humanidade homogenia na qual há muito tempo o consumo tomou o lugar daquilo que antes era cidadania.”
Sua linguagem leve e bem articulada nos ajuda a pensar e ter esperança.
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